Decepções e surpresas do Tour de France 2018.
Esta semana pós tour é muito ruim. Falta ciclismo na televisão e ficamos dissecando a prova francesa. Na matéria de hoje, falaremos das decepções e surpresas do Tour 2018.
Decepções.
Na classificação geral meu ponto negativo vai para o colombiano Nairo Quintana (Movistar). Depois de 2013, o colombiano sempre chega com status de favorito e ano após ano decepciona. Em 2018 Quintana quase que exclusivamente se preparou para o Tour e não passou de 10º lugar na geral. Mesmo sua vitória na 17º etapa deixou um gostinho de quero mais.
É verdade que ele perdeu muito tempo na etapa 1 por conta de um problema mecânico, mas Quintana teve etapas de sobra para recupera-lo, porém não mostrou a forma que se esperava.
Na briga da camisa verde, era esperado que Peter Sagan vencesse, mas todos queriam ver alguma disputa, semelhante a que Bennett e Viviani tiveram no Giro, porém a briga durou pouco, até a etapa 11, a segunda nos Alpes. Nela Marcel Kittel e Mark Cavendish foram desclassificados por extrapolar o tempo limite da etapa. No dia seguinte, na etapa 12, foi fez a de Fernando Gaviria, André Greipel e Dylan Gorenewegen (Quick Step, Lotto-soudal e LotoNL-Jumbo) ultrapassarem o tempo limite e deixarem mais cedo o tour de France.
É bem verdade que Sagan já bria mais de 100 pontos de vantagem, mas eu esperava mais, uma briga até a última etapa em Paris, na disputa da camisa verde. Grande decepção os sprinter´s cortados pelo tempo.
Surpresas.
A maior surpresa de todas, acredito que todos vão concordar é o camisa amarela. Gerant Thomas chegou como gregário de luxo do multicampeão Chris Frrome, que buscava o double (Giro-Tour) no mesmo ano.
Thomas contou com a sorte. Na etapa 1 por exemplo, não ficou na queda nem teve problemas mecânicos, chegando no mesmo tempo do vencedor Fernando Gaviria. Partindo de 1 minuto dos seus principais rivais mas ainda no mesmo tempo de tom Dumoulin, Geraint Thomas soube se portar dentro de uma prova de 3 semanas. Foi bem como equipe, no CRT, da etapa 3 e sozinho, como nas etapas dos Alpes, onde venceu duas vezes e além de assumir a camisa amarela, colocou tempo nos rivais. Sempre respondeu os ataques certos e ainda soube aumentar sua vantagem.
Na etapa 20, cravou o 3º melhor tempo do tia e cedeu apenas 14s para Tom Dumoulin. Ele teve sorte, mas teve muita competência para construir sua vitória, mostrando ser o homem mais forte do pelotão.
Essa é uma percepção nas etapas mais duras, a equipe LottoNL-Jumbo sempre estava com 3 atletas nas montanhas. Roglic, Kruijswijk (que foram 4º e 5º respectivamente na geral), além do interminável Robert Gensik. Com esse trio sempre a vista, A Sky não conseguia dizima-los com seu trem, e isso possibilitava, principalmente Roglic a sonhar com mais, tanto é que ele iniciou o CRI em terceiro mas foi mal, finalizando o tour fora do
pódio.
Se Nairo decepcionou, seu compatriota, o jovem Egan Bernal, Team Sky, surpreendeu. Aos 21 anos de idade, foi 13º na geral, 2º na disputa de melhor jovem, mas foi fundamental nos Pirineus e nos alpes para conduzir Chris Froome, quando ele estava em dificuldade.
Sua história de vida é mais inspiradora. No último dia de descanso, o poderoso chefão Brailsford, do time Sky, disse que encontrou Bernal em uma cesta em um rio na Colômbia e disse –“ele é tão pequeno, mas eu sei que ele será um escalador..,” e não é que a profecia se concretizou.
Veja o ranking atualizado após Tour de France 2018 (ver link)
Fonte: ProcyclinStats, TourdeFrance, CyclingNews.
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